quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Fórum de Combate às Drogas apresenta relatório sobre a realidade catarinense

Fórum de Combate às Drogas apresenta relatório sobre a realidade catarinense

O deputado Ismael dos Santos (PSD), presidente do Fórum Parlamentar de Combate às Drogas, apresentou nesta quarta-feira (16) relatório com as conclusões sobre o diagnóstico da situação no estado, além de um levantamento que mostra a ausência de políticas públicas para atendimento dos dependentes. Conforme os dados, há 700 mil dependentes de álcool em Santa Catarina, 125 mil dependentes de substâncias entorpecentes ilícitas e 180 mil estudantes dos níveis médio e fundamental que utilizam drogas ilícitas esporadicamente.
Ao longo de seis meses, o fórum realizou sete audiências públicas regionais, com a participação de autoridades e de técnicos da área. O relatório elaborado apresenta o diagnóstico levantado e propostas para implantação de políticas públicas por parte do governo do Estado. Dentre elas, o fórum defende a reestruturação do Conselho Estadual de Entorpecentes (Conen) e dos conselhos municipais e a destinação de recursos para o Fundo Especial Antidrogas, que já existe, para o financiamento de vagas em comunidades terapêuticas que atuam na reabilitação de dependentes.
“Reivindicamos R$ 1 milhão por mês para o financiamento de vagas nas comunidades terapêuticas”, explicou Ismael. Para ele, o enfoque na reabilitação é o mais urgente e há carência de investimentos públicos nessa área. Com esse recurso seria possível viabilizar mil vagas em 100 comunidades terapêuticas. “Cada unidade terapêutica terá no máximo dez vagas financiadas pelo Estado, para que o tratamento de dependentes não vire um negócio”, propôs o deputado, que está negociando com o governo uma forma de viabilizar os recursos.
Entre os números apresentados no relatório constam dados levantados durante as audiências e índices da Organização Mundial da Saúde. Conforme o documento, 14,8% da população faz uso de drogas ilícitas durante a vida; 14,9% dos homens são dependentes de álcool; 13,5% dos estudantes do ensino fundamental e médio fizeram uso de drogas durante o mês pesquisado. “São números preocupantes e que exigem uma ação imediata”, defendeu Ismael. (Lisandrea Costa)

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