quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O cristão e a cidadania: Daniel foi vítima da ditadura e do radicalismo

O cristão e a cidadania: Daniel foi vítima da ditadura e do radicalismo
Além de político exitoso, Daniel foi também o profeta de maior credibilidade de sua época. Mesmo sendo religioso fervoroso e praticante, não misturava as coisas. Ele sabia muito bem separar sua convicção de fé pessoal do seu cargo público.


Em contrapartida, seus adversários ideológicos demonstravam forte perfil de intolerância, preconceito e fundamentalismo político e religioso.


O decreto que seus opositores induziram o rei Dario a assinar visava a atingir diretamente a livre manifestação de opinião e fé de Daniel. (leia a Bíblia em Daniel 6. 6, 7 – versão RV)


Ao atualizamos esse assunto e trazê-lo para a nossa realidade política, verificaremos que vivemos em um regime político democrático, onde a liberdade de se expressar é garantida pela Constituição Federal e destacada na Declaração Universal dos Direitos Humanos.


Propostas de leis que visem a amordaçar e impedir qualquer pessoa, classe ou grupo social de manifestar suas opiniões, além de retrógradas, são fundamentalistas e gravíssimos atentados contra a nossa jovem democracia.




Daniel, antes de ser um homem público, era inteligente, sociável e temente a Deus. Ele foi uma vítima do decreto fundamentalista, religioso e político que tentou impedi-lo de praticar a sua fé da forma como acreditava.


Desde que dentro das regras do civilismo, o cidadão é livre para optar pelo modo de vida que bem entender. Não é democrático se tentar impedir politicamente que haja o contraditório. Se de esquerda ou de direita, se conservador ou não, se religioso ou cético, assim como das opções pessoais, uma lei que se proponha a impedir posicionamentos se tornaria um instrumento ditatorial e de repressão. Viva o direito à liberdade de expressão! Viva a democracia!


Fonte: Folha Universal - Edição 1031
Carlos Oliveira

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